Manaus

Lira reage a falas de Bolsonaro mas não cita impeachment

Bolsonaro declarou abertamente que não respeitará “qualquer decisão” do ministro Alexandre de Moraes, incitando seus apoiadores contra a Corte. O presidente xingou o magistrado de “canalha” e pediu sua saída diante de cerca de 125 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, que o acompanhavam na Avenida Paulista, neste 7 de Setembro, repetindo o discurso golpista que já adotara pela manhã em Brasília. O presidente disse ainda que só aceita eleições com contagem pública dos votos, reprisando críticas ao Congresso Nacional.

“É hora de dar um basta nessa escalada e nas bravatas”, disse Lira. “Não vejo como possamos ter ainda mais espaço para radicalismo e excessos”, seguiu o presidente da Câmara, sem citar Bolsonaro.

Lira tentou demonstrar que não irá se deixar levar nem pelo radicalismo bolsonarista nem pela pressão da oposição pelo impeachment: “Esperei até agora para me pronunciar porque não queria ser contaminado pelo calor de um ambiente já por demais aquecido. Não me esqueço um minuto que presido o Poder mais transparente e democrático.”

“Nossa casa tem compromisso com o Brasil real, que vem sofrendo com a pandemia, com o desemprego e a falta de oportunidades. Na Câmara dos Deputados, aprovamos o auxílio emergencial e votamos leis que facilitaram o acesso à vacinação. Avançamos na legislação que permite a criação de mais emprego e mais renda. A Casa do povo seguiu adiante com as pautas do Brasil, especialmente as reformas. Nunca faltamos para com os brasileiros. A Câmara não parou diante de crises que só fazem o Brasil perder tempo, perder vidas e perder oportunidades de progredir, de ser mais justo e de construir uma Nação melhor para todos”, disse Lira

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