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Wassef, Mauro Cid, Wajngarten, Ibaneis estão fora dos indiciamentos pedidos pela CPMI de 08/01

A relatora da CPMI do 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), leu nesta terça-feira (17) o resultado de quase cinco meses de trabalho da comissão, solicitando o indiciamento de 61 pessoas. Dentre os nomes destacados no parecer da relatora estão membros do entorno de Jair Bolsonaro e o ex-presidente em si, por terem tido “colaborado decisivamente para o desfecho dos atos do dia 8 de janeiro de 2023”.

No parecer da relatora, são mencionados nomes como Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro; o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; e Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército.

O relatório alega que esse grupo cometeu “prática dolosa” em quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O pedido de indiciamento de Braga Netto é baseado em sua suposta atuação na coleta de apoios dentro das Forças Armadas e no incentivo aos acampamentos nas instituições militares. Augusto Heleno é acusado de omissões dolosas e adesão subjetiva às ideias golpistas. O almirante Garnier é acusado por seu suposto envolvimento no desfile de tanques para tentar intimidar o Congresso Nacional e por concordar com o golpe supostamente proposto por Jair Bolsonaro. O general Paulo Sérgio Nogueira é mencionado por atuar para deslegitimar as urnas eletrônicas e utilizar um hacker para descredibilizar o sistema eleitoral.

Agentes públicos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e policiais militares do Distrito Federal são também mencionados, mas por omissão.

É importante notar que os pedidos de indiciamento feitos por Eliziane não implicam automaticamente em indiciamentos. A lista serve como sugestão, e cabe aos órgãos responsáveis, como o Ministério Público, avaliar a apresentação de denúncias.

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