Parintins 2025: Hoje, arena abre os portões do Bumbódromo para o maior espetáculo folclórico do Brasil
Com Garantido e Caprichoso na disputa, a primeira noite do 58º Festival começa nesta sexta-feira (27), com a ilha lotada
Parintins vive, a partir desta sexta-feira (27), a primeira noite de um dos maiores espetáculos a céu aberto do mundo. Após uma semana de expectativas, ensaios e movimentação intensa nos portos e no aeroporto da ilha, é hora de acender as luzes azuis e vermelhas do Bumbódromo e abrir caminho para os bois Caprichoso e Garantido. O 58º Festival Folclórico de Parintins começa agora.
Quem inicia a disputa é o boi Garantido, conforme sorteio realizado no último dia 21 de junho. O boi da estrela vermelha abre a arena nesta sexta, enquanto o Caprichoso encerra a noite. No sábado (28) e domingo (29), a ordem se inverte, com o boi azul abrindo e o Garantido fechando. A apuração dos itens acontece na segunda-feira
Foto: Jorge Alberto
A cidade está em clima de festa desde o início da semana. Para se ter uma ideia, somente na quinta-feira (26), ao menos 40 mil novos visitantes chegaram à Ilha Tupinambarana, segundo Agência Reguladora de Serviços Públicos do Amazonas (Arsepam).
São torcedores que vieram por via aérea e também em embarcações temáticas, como as caravanas. Entre novatos e veteranos, o sentimento é coletivo: a contagem regressiva chegou ao fim e agora é tempo de viver o Festival.
Grande fluxo de desembarque desta quinta-feira está relacionado à Festa dos Visitantes, que acontece logo mais no Bumbódromo
Apresentações
Com o tema “Boi do Povo, Boi do Povão”, o Garantido divide suas três noites em subtemas que tocam em pertencimento e identidade cultural. Na primeira noite, apresenta “Somos os Povos da Floresta”; na segunda, “Terra Brasileira”; e encerra com “Boi do Brasil”.
Já o Caprichoso traz à arena o tema “É Tempo de Retomada”, dividido em três noites-manifesto: “Amyipaguana – Retomada pelas Lutas”, “Kizomba – Retomada pela Tradição” e “Kaá-etê – Retomada pela Vida”. O projeto reforça raízes indígenas, afro-amazônicas e a urgência da preservação ambiental.
Ambas as agremiações testam desde quarta-feira (26) os últimos detalhes técnicos das alegorias, cenografias e coreografias. O espetáculo promete impacto visual, musical e emocional.
Os bois serão avaliados por um corpo de jurados que analisa mais de 20 itens oficiais, incluindo apresentador, levantador de toadas, porta-estandarte, sinhazinha, pajé, lenda amazônica, ritual indígena, alegorias, galera, toadas, entre outros. Cada ponto conta, e a emoção na arena precisa ser medida em excelência técnica.
Em Manaus, também será possível acompanhar o Festival em pontos específicos da cidade. O Da Baixa Bar (Petrópolis) transmite exclusivamente o Garantido, o Bar do Lourinho (Chapada) é reduto caprichoso, e o Largo de São Sebastião (Centro) recebe um telão com transmissão aberta para todas as torcidas nos dias de apresentação.