Cidades

Nível do Rio Negro deve descer até final de outubro em Manaus, afirma órgão

De acordo com o Serviço Geológico Brasileiro, o ritmo de descida do rio Negro que era de 13 a 15 centímetros na última semana, reduziu para em média 9 a 10 centímetros por dia

O nível do Rio Negro, que atingiu a maior seca histórica nesta segunda-feira (12) com a cota de 13,59 metros, deve continuar descendo até final de outubro. É o que afirma o Serviço Geológico Brasileiro (SGB-CPRM).

Em entrevista à reportagem de A CRÍTICA, a pesquisadora em geociências do órgão, Jussara Cury, explica que o ritmo de descida do rio Negro que era de 13 a 15 centímetros na última semana, reduziu para em média 9 a 10 centímetros por dia.

No momento o rio Negro ainda está em recessão com descidas em torno de 9, 10 centímetros diminuindo essa intensidade essa semana em razão da região montante também ter entrado nesse processo de redução dessa intensidade de descida. Mas há uma tendência de que a vazante continue aqui nessa região, a região metropolitana de Manaus, o nível desça até o final de outubro”, explica a pesquisadora

Para Jussara Cury, após as descidas diárias o rio Negro vai entrar em uma fase de “estabilização”. Esta fase pode ser influenciada com a presença de chuvas na Calha do Solimões.”Os boletins climáticos indicam precipitação na região montante, como é o caso das nascentes ali da região de cabeceira antes do Solimões. Então há uma tendência de que os níveis nessa região parem de descer e voltem a subir, o que pode contribuir para que, pelo menos na Calha do Solimões, a vazante entre numa fase de estabilidade”, acrescenta Cury.

Seca histórica

A pesquisadora ressaltou que a seca severa não é realidade apenas do rio Negro, mas também em todos os outros rios como é o caso do Solimões, do Madeira, do Purus e do Alto Rio Negro.”A vazante de 2010 foi considerada, dentro da série histórica, a maior já registrada aqui na estação do Porto, em Manaus. Na data de hoje, ultrapassamos essa marca em razão da severidade da vazante em todo o estado, não só aqui no Rio Negro, mas em outros rios também, como é o caso do Solimões, do Madeira, do Purus e do próprio Alto Rio Negro. Os níveis estão abaixo da faixa da normalidade, em todas essas calhas e próximo nos intervalos das mínimas”, acrescentou.

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