Manauaras são contra o aborto, aponta pesquisa
Estudo realizado pela Action Instituto de Pesquisa e divulgado nesta semana, aponta que 80,6% dos manauaras são contra o aborto até a 12ª semana de gestão.
O número confirma o rótulo de que a capital do Amazonas é uma cidade de direita e conservadora.
A pesquisa entrevistou 800 pessoas entre os dias 5 e 6 de outubro em todas as zonas geográficas.
Favoráveis
Apenas uma pequena parcela (12,2%) dos entrevistados se disse favorável ao assassinato de bebês no ventre.
Outros 12,2% declararam não ter opinião definitiva sobre o assunto.
Em pauta
A descriminalização do aborto voltou aos noticiários após o Supremo Tribunal Federal (STF) pautar o julgamento da ADPF 442, protocolada pelo PSOL em 2017.
A ação trata exatamente do fim da criminalização do aborto até três meses de gravidez.
Crime
No Brasil, conforme o Código Penal, comete crime a mulher que faz aborto ou quem provoca o aborto na gestante com ou sem seu consentimento.
Os artigos 124 e 126 do Código Penal determinam pena de 1 a 4 anos de prisão para médicos que realizem o procedimento com consentimento da gestante e de 1 a 3 anos para a mulher que fez o aborto ilegal.
Exceções
As exceções são em de gravidez ocasionada por estupro, quando o feto é anencéfalo e quando não como salvar a vida da gestante.
Projeção eleitoral
Os números dessa pesquisa podem facilmente ser comparados à preferência ideológica dos eleitores que irão às urnas no ano que vem. Já está claro que a maioria dos manauaras são adeptos das pautas defendidas por políticos de direita.
Será?
A pergunta que fica no ar é se pautas de costume, como a descriminalização do aborto, serão inseridas no debate político-eleitoral do pleito municipal.
A forte polarização entre direita e esquerda – que não arrefece – indica que sim.
Apoio à Israel
Falando em direita, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) deu mais uma demonstração que é majoritariamente de direita ao apoiar a causa de Israel – que é uma bandeira defendida pelos adeptos desse espectro no Brasil -.
Bandeiras
As bancadas dos vereadores foram enfeitadas por bandeiras de Israel antes do início dos debates.
As bandeiras foram doadas por Marcel Alexandre (Avante), que é apóstolo do Ministério Internacional da Restauração (MIR), igreja que anualmente leva milhares de cristãos à Terra Santa.
Alvos atingidos
Por falar na guerra em Israel, o exército israelense informou nessa terça-feira (10) que, desde o início do conflito com o grupo terrorista palestino Hamas, no último sábado (7), já atingiu mais de 1,7 mil alvos na Faixa de Gaza.
“Reação legítima”
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) emitiu uma nota declarando apoio “total e irrestrito” aos palestinos e defendendo as ações do grupo terrorista Hamas. No texto, o MST afirma que a “resistência palestina reagiu de maneira legítima às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos”.
Aliado do PT
O MST é aliado histórico do PT, partido de Lula que tem uma relação próxima com Hamas e por isso se nega a chamar os integrantes do grupo de terroristas.
