Política

Malafaia em ato pró-anistia: “Fux desmascarou Alexandre de Moraes”

 Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o pastor-empresário Silas Malafaia acusou ministros do Supremo Tribunal Federal de não terem provas dos crimes atribuídos aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 e afirmou nesta quarta-feira (7), em Brasília (DF), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux desmascarou Alexandre de Moraes, outro ministro da Corte. Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) participaram de um ato na capital federal, com o objetivo de pedir anistia (perdão) aos participantes dos presos pelo 8 de Janeiro de 2023. O Supremo Tribunal Federal já tornou mais de 500 réus por envolvimento nas manifestações terroristas daquele ano.

Durante discurso, Malafaia citou Fux, dizendo que ele “acaba com a farsa do golpe”. “O ministro Fux acaba com a farsa do golpe. O ministro Fux desmascarou Alexandre de Moraes. Ele diz que não tem prova de golpe de Estado, não tem prova de associação armada, não tem prova de abolição violenta de Estado Democrático” afirmou.

Ao contrário do que disse Malafaia, os dois ministros não tiveram atritos. O que Luiz Fux defendeu foi o pedido feito pelas defesas dos investigados pela trama golpista para que o processo descesse a outras instâncias jurídicas ou, caso seguisse no Supremo, fosse a julgamento no plenário, em que alguns advogados acreditam ter mais chances de livrar os réus de possíveis prisões, ou diminuir as punições a serem determinadas pelos ministros da Corte. 

No ato em Brasília, o pastor sugeriu que os parlamentares do Congresso têm poder constitucional de perdoar os envolvidos nos atos golpistas. “Anistia é exclusiva do poder legislativo”. 

Na capital, Malafaia convocou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil- AP), para colocar o PL da Anistia em votação.

Os atos golpistas resultaram em mais de 500 réus após decisões do STF. Novos julgamentos acontecerão. Essas manifestações são parte da investigação da trama golpista – tentativa de ruptura institucional em que, segundo investigadores, as estratégias para o golpe começaram a ser discutidas antes das manifestações bolsonaristas do 8 de janeiro. 

No inquérito sobre o plano golpista, o STF já tornou 21 réus. Novos julgamentos acontecerão. Apoiado por Malafaia, Bolsonaro é um dos réus no inquérito da trama golpista, e pode ser preso.