Manaus

José Dirceu reconhece “vitória de Maduro” nas eleições venezuelanas e afirma que sistema eleitoral é “inviolável”

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, reconheceu Nicolás Maduro como “vitorioso” nas eleições do último domingo na Venezuela. A declaração foi feita em uma nota publicada nas redes sociais.

Dirceu classificou o sistema de votação venezuelano como “seguro” e “inviolável”, comparando as alegações de fraude feitas pela oposição do país às posturas dos ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, que também questionaram a integridade dos processos eleitorais após suas derrotas.

Segundo Dirceu, a segurança do pleito foi garantida pelo voto impresso e pela presença de fiscais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nas sessões de votação. No entanto, ele afirmou que a oposição iniciou um “discurso de desconfiança” logo após o resultado.

Dirceu também mencionou o deputado Aécio Neves, adversário de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, levantando suspeitas de que a oposição venezuelana tem setores golpistas articulados com interesses norte-americanos que apoiaram sanções contra a Venezuela e o sequestro de suas reservas.

Nota Completa de José Dirceu:

“O presidente Nicolás Maduro foi proclamado o vitorioso nas eleições venezuelanas e cumprirá seu novo mandato. O discurso de desconfiança foi imediato, mas já vimos esse filme antes. Somos experientes em relação à alegação de fraude eleitoral perante a derrota. Com Jair Bolsonaro foi assim, e antes dele Aécio Neves. Em comum a ideia de colocar o órgão eleitoral em suspeição e a própria urna eletrônica. Até Donald Trump apelou para a fraude. É preciso lembrar que, na Venezuela, o voto é impresso e depositado numa urna. Logo o sistema é seguro e inviolável. Há fiscais em todas as sessões e no órgão eleitoral nacional – o CNE – a oposição tem 3 membros. Não podemos fazer como setores da mídia brasileira, que parte do princípio de que Maduro não pode vencer, e se venceu é porque houve fraude. Precisamos aguardar a conferência das atas e não dar razão à oposição, muito menos às manifestações violentas.