DestaquesPolítica

Jornal que entrevistou Lula denunciou “invasão a Brasília” 4 dias antes dos atos do dia 8 de janeiro

TV 247 denunciou “invasão a Brasília” 4 dias antes dos atos de 8 de janeiro, em Brasília (vídeo no nosso site). Recentemente, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, concedeu  uma entrevista a jornalistas do canal de esquerda, em um trecho o presidente relembrou a época em que esteve preso por causa da Operação Lava Jato, e disse que “não está tudo bem. Só vai estar tudo bem quando eu foder esse Moro”.

No dia 04 de janeiro de 2023 (4 dias antes dos atos), aos 41 minutos e 50 segundos, o jornalista Joaquim de Carvalho trás uma matéria exclusiva para o canal 247, no YouTube. Joaquim denunciou o que chamou de “o plano bolsonarista para promover o caos”, o jornalista relatou que teria recebido um link de uma pessoa que estava infiltrada em um dos grupos “bolsonaristas” que planejava uma “invasão a Brasília para promover o caos”.

Transcrevemos o trecho abaixo:

“O que aconteceu foi que eu recebi um link de um de de uma pessoa que está lá in em grupos bolsonaristas, pra participar de de de um grupo, de um dos grupos que foram criados porque eles planejam uma invasão à Brasília pra promover o caos. Então eu entrei, quando eu entrei, muitos outros estavam entrando, no grupo muito grande de pessoas, porque eles estão promovendo, eles querem uma ida, vão todos de ônibus lá pra Brasília, querem tá, ir de ônibus a Brasília pra aumentar lá a balbúrdia, o caos, eles querem na verdade criar o caos, eles dizem isso claramente, e aí na conversa você vê que existe até a expectativa financiamento, as pessoas nem paguem pra ir, eu conversei com uma pessoa que é organizadora de uma das regiões, porque, tem várias regiões no Brasil inteiro, então já tem ônibus que estão sendo contratados.”

Em outro trecho o jornalista expõe um áudio que gravou se passando por interessado em participar dos atos, a conversa foi gravada com uma das organizadoras dos grupos identificada como Cássia. O áudio divulgado expõe parte do diálogo em que o jornalista tenta extrair o máximo de informações sobre como funcionaria todo o aparato para concretizar os atos que culminou no vandalismo aos prédios dos três poderes em Brasília.

Conversa entre Joaquim e Cássia

Joaquim: “Alô.”

Cássia: “Oi.”

Joaquim: “Tudo bem?”

Cássia: “Tudo bom, quem é?”

Joaquim: “Tudo certo, não, eu tô ligando pra você, você a Cássia?”

Cássia: “Sim.”

Joaquim: “Ou Cássia eu estou querendo saber a respeito de, meu telefone é de São Paulo, mas eu sou de Avaré, eu  estou querendo saber com você sobre o ônibus que vai sair lá pra Brasília e se vai ter algum já Avaré.”

Cássia: “Então, olha é o seguinte, hoje, agora a nós noite nós estaremos em reunião. E aí você me liga amanhã de manhã você me liga pra te dar as coordenadas correta. Porque a gente quer fazer uma coisa organizada e tem que ir milhões pra Brasília, não adianta a gente sair com dez ônibus, entendeu? É viagem é diferente agora.”

Joaquim: “Entendi, e se tiver menos ônibus, não vai? Porque eu tava querendo ir, entendeu?”

Cássia: “Se tiver menos não tem porque a a gente ir, né? Nós vamos pra passear (risadas), nós temos que ir para resolver essa situação, ou vai ou racha. O momento é muito, muito crítico, é muito difícil.”

Joaquim: “Entendi, mas Cássia você acha que ter alguma chance de mudar?”

Cássia: “eu, eu, eu acho, só que nós precisamos de gente, se não tiver gente não muda, é que tô te falando, não adianta a gente ir lá com quatrocentas pessoas ou mil pessoas, entendeu? duas mil pessoas, nós temos que ir com dois milhões.”

Joaquim: “Uhum uhum, oh Cássia e quanto deve custar essa excursão em?”

Cássia: “Depende da ajuda que nós vamos arrumar, dos apoios, de repente não vai custar nada, vai custar a nossa estadia lá, repente tem gente alugue casa ao invés de ficar em hotel.”

Joaquim: “Uhum, e você sabe quantos dias?”

Cássia: “Não tenho previsão, mas eu não acredito que se tiver lá três milhões de pessoas, dois milhões de pessoas, que isso passa de três, quatro dias, não tem condições, porque aí o exército vai ter que que se colocar. E não tem jeito em do exército se colocar se as pessoas não mostrarem a indignação, e que está tudo errado que aconteceu.”

Joaquim: “Uhum”.

Cássia: “Tá certo, como é que eles vão se não tem um caos social, se não tem falta de alimento na prateleira, se está tudo funcionando normal, a pessoa festejando o natal, ano novo, copa do mundo, tá tudo normal no país.”

Joaquim: “Uhum”.

Cássia: “E como é que eles vão entrar pra uma GLO.”

FIM DO AUDIO

Em seguida, o entrevistador Rodrigo Vianna (que conduzia a live) expõe seu ponto de vista sobre o que teria sido dito na conversa gravada por seu colega de programa.

“Ela deixa claro, que eles querem provocar o caos social. Porque ela fala, se não tiver o caos, se não faltar alimento, não pode ter uma ação deles (deles é os militares), precisa ter o caos, pra fazerem uma GLO, que é uma ação militar. Então, está muito claro o que o que essa gente, né. Também ela fala que podem ter apoios, né, então vai ter empresário financiando, como já estavam já estavam financiando os acampamentos.”

O jornalista Joaquim completa: “ela é uma das pessoas organizando, o grupo grande, então é uma tentativa de fazer o que eles chamam lá de uma invasão à Brasília, pra provocar o caos e ao mesmo tempo com ações locais, fechando postos de gasolina. E aí inclusive tem participação de, fechando, não deixando ninguém, ninguém entrar, ninguém sair, e e aí você tem ação de pessoas que entram falando que são caminhoneiros, mas quando ela fala que está procurando apoio, ela mostra tem gente financiando, e é uma pessoa experiência nessas manifestações.”

Com informações de No Centro do Poder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *