Irã lança nova ofensiva em Tel Aviv em resposta a ataques de Israel
No início da madrugada, o Irã voltou a atacar a capital de Israel, Tel Aviv, onde explosões puderam ser ouvidas. Um prédio foi atingido
A quarta fase da operação do Irã contra Israel teve início, informou o meio de comunicação iraniano Mehr News. A nova ofensiva é uma “resposta decisiva” ao ataque de Israel, que matou o chefe da inteligência da Guarda Revolucionária Islâmica e seu vice neste domingo (15/6).
A operação do Irã, batizada de Operação Promessa Verdadeira 3, incluiu “centenas de mísseis balísticos diversos” visando prédios residenciais e infraestrutura em Israel. De acordo com o jornal The Guardian, um prédio na costa do país sofreu um “impacto direto” e ao menos 7 pessoas ficaram feridas.
No início da madrugada, no horário local, o Irã voltou a atacar Tel Aviv, onde explosões puderam ser ouvidas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que os sistemas de defesa estão operando para interceptar a ameaça. “Entrem em espaços protegidos ao receber o alerta e permaneçam lá até novo aviso. Sair do espaço protegido só é permitido após receber instruções explícitas”, informou.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que os sistemas de defesa estão operando para interceptar a ameaça. “Entrem em espaços protegidos ao receber o alerta e permaneçam lá até novo aviso. Sair do espaço protegido só é permitido após receber instruções explícitas”, informou.
As Forças de Defesa de Israel (IDF), por sua vez, afirmam ter concluído uma “extensa” onda de ataques aéreos no Irã com o objetivo de destruir a capacidade de fabricação de armas. A Marinha de Israel afirma ter interceptado mais de 100 Veículos Aéreos Não Tripulados (UAVs) disparados pelo Irã desde o início da operação.
Os ataques tiveram como alvo a infraestrutura pertencente ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, à Força Quds da Guarda, um dos cinco ramos do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, e às forças armadas do Irã, diz a IDF. “Vários locais de produção de armas em todo o Irã foram alvos”, dizem os militares.
De acordo com o portal de notícias Al Jazeera, ao menos dois impactos foram sentidos na rua principal da capital Teerã e também ao norte da cidade. Ao sul, um depósito de combustível também foi atingido. O Ministério das Relações Exteriores do Irã acusou Israel de matar “muitas” crianças em seus ataques ao país, depois de relatos de mísseis em um hospital infantil.
O exército israelense emitiu, ainda, um comunicado afirmando ter lançado uma série de ataques aéreos ao país visando, o que eles alegam ser, locais de mísseis no centro do Irã. De acordo com a mídia estatal, o ataque foi preventivo.
Líder supremo do Irã evacuado
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, foi evacuado para um bunker subterrâneo ao nordeste de Teerã, capital do país, horas depois de Israel começar seus ataques na última sexta-feira (13/6). A informação é do Iran International.
De acordo com as fontes, Khamenei está com toda a sua família no abrigo, localizado em Lavizan. O líder já teria se refugiado no mesmo bunker anteriormente: quando o Irã lançou seus ataques contra Israel, em abril de 2024, e em outubro do mesmo ano.
Além disso, de acordo com o veículo, Israel não assassinou Khamenei na primeira noite da nova operação, em 12 de junho, para lhe dar uma última chance de abandonar completamente seu programa de enriquecimento de urânio. O jornal cita uma fonte diplomática do Oriente Médio.
Vítimas do conflito
O número de mortos no conflito no Oriente Médio subiu e chegou a 224 no Irã, e 16, em Israel, após o terceiro dia consecutivo de ataques mútuos. A guerra entre os dois países entrou no quarto dia, neste domingo (15/6).
Citando o Ministério da Saúde do Irã, a mídia estatal do país informou que 224 pessoas morreram desde o último dia 12 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram a operação “Leão Ascendente”. Outras 900 ficaram feridas.
Apesar de o governo Benjamin Netanyahu afirmar que os ataques visam, principalmente, instalações nucleares e alvos militares, o governo do Irã diz que a maioria dos mortos no país são civis.
Já em Israel, o número de vítimas dos bombardeios iranianos também aumentou. Até o momento, autoridades relatam que 16 pessoas morreram – todas civis, incluindo três crianças.