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IA foi um dos primeiros temas abordados pelo novo papa

Preocupação é um fato significativo por se tratar de apenas alguns dias de pontifica

A inteligência artificial (IA) esteve presente nas primeiras palavras de Leão XIV, um fato significativo com apenas alguns dias de pontificado.

Em 8 de maio, o cardeal americano Robert Francis Prevost foi eleito no segundo dia do conclave como o novo chefe da Igreja Católica.

Dois dias depois, em uma reunião com os cardeais presentes no Vaticano, ele deu uma explicação sobre o nome que escolheu para ser papa, Leão XIV.

Prevost admitiu que as razões incluem Leão XIII, que foi pontífice de 1878 a 1903 e autor de uma das encíclicas mais famosas, a Rerum novarum, de 1891, pioneira na abordagem da questão social e das condições dos trabalhadores no contexto da primeira grande revolução industrial.

– Hoje a Igreja oferece a todos o seu patrimônio de doutrina social para responder a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos da IA, que trazem novos desafios na defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho – disse o papa no dia 10.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou a circunstância em entrevista coletiva e destacou que a escolha do nome do papa é “claramente uma referência não aleatória a homens e mulheres trabalhadores em uma era de IA”.

Essa primeira alusão à IA continuou nesta segunda-feira (12), quando Leão XIV concedeu uma audiência a jornalistas que cobrem o noticiário da Santa Sé, assim como aos que foram ao Vaticano nas últimas semanas para informar sobre a morte de Francisco e todo o processo do conclave sucessório.

Leão XIV disse, na audiência, que “a comunicação não é apenas a transmissão de informações, mas a criação de uma cultura, de ambientes humanos e digitais que se tornam espaços de diálogo e confronto”.

Mais especificamente, o papa enfatizou a evolução tecnológica e a IA, sobre a qual disse que “com seu imenso potencial, no entanto, exige responsabilidade e discernimento para direcionar as ferramentas para o bem de todos, para que possam produzir benefícios para a humanidade”.

*EFE