Homem é preso por estuprar, engravidar e forçar um aborto na própria prima de 11 anos de idade
A vítima era abusada desde os 6 anos de idade. O homem foi preso após o caso ter sido denunciado à polícia por meio do WhatsApp da Delegacia de Proteção à Criança, em Manaus
ALERTA DE TEXTO SENSÍVEL
Um homem de 28 anos foi preso por policiais civis da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e Adolescente (Depca), por estupro de vulnerável e agressão contra a própria prima, de 11 anos.
De acordo com a delegada titular da especializada, Joice Coelho, a menina era abusada desde os 6 anos de idade. Quando ela completou 10 anos, ele consumou o ato sexual e passou a repetir o estupro. Aos 11 anos, ele a engravidou e a fez abortar depois de agredi-la a socos.
O caso chegou ao conhecimento da polícia em 14 de dezembro, por meio do WhatsApp da Depca, informando que a criança passou mal e, ao ser atendida, contou que era abusada pelo primo.
O homem foi preso preventivamente na terça-feira (26), no bairro da Chapada, quando retornava do trabalho. Mesmo negando tudo, ele foi indiciado e preso preventivamente.
Conforme a delegada, a menina mora com a avó paterna desde os 2 anos, quando o pai faleceu. Na ocasião, a mãe já estava separada do homem, e a guarda acabou ficando com a idosa que a criou como filha.
O primo estuprador mora próximo da avó, ia com frequência à casa dela e passou a abusar da prima desde que ela tinha 6 anos. Inicialmente, de acordo com a menina, o homem tocava nas partes íntimas dela.
Mas quando ela completou 10 anos, ele consumou o ato sexual e passou a repetir o estupro. “Esse primo mora em uma rua próxima e sempre tinha acesso à residência. Ela relata que esses abusos começaram muito cedo, aos seis anos ela já era abusada com toques libidinosos por esse autor, sempre de forma sorrateira, sempre que ele ficava sozinho com ela. Aos 10 anos, consumou os atos e agora, aos 11 anos, ela se viu grávida”, disse a delegada.
A criança, depois de grávida, passou a ter enjoos e contou ao primo. Este irritou-se com a notícia e a agrediu com um soco na barriga, o que provocou um sangramento e, após a pancada, ela perdeu o bebê.
A menina chegou a passar mal na escola e revelou para uma colega que estava grávida do primo. Na delegacia, a menina relatou que tentou contar sobre os abusos, mas a família não acreditou.
“No decorrer das investigações, foi possível constatar que a vítima tentou contar sobre os abusos aos familiares. No entanto, ela não teve o apoio necessário. Nós estamos solicitando os prontuários de atendimento do serviço de vítimas de violência para colocarmos no Inquérito Policial (IP) e também verificar a situação da saúde da criança”, disse a delegada.
Conforme a delegada, a menina está passando por exames para confirmar se o feto morreu. Até o momento, os exames de conjunção carnal e outros realizados pela polícia já confirmaram os estupros.
Conforme a delegada, a menina pediu para continuar morando com a avó, mas será acompanhada pelo Conselho Tutelar que irá verificar se realmente há condições de ela ficar com a avó, a quem ela considera uma mãe.
Conforme a delegada, a mãe da criança, que mora atualmente em Maués, poderá ser acionada para assumir a tutela da filha.
