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Governador Wilson Lima rebate ataques de caciques em debate: “Minha resposta é o trabalho”

“É só fazer a comparação do que eles entregaram e do que eu consegui entregar”, disparou o governador durante entrevista.

Os candidatos Amazonino Mendes (Cidadania) e Eduardo Braga (MDB) aproveitaram ausência do governador Wilson Lima (UB), candidato a reeleição, no primeiro debate realizado ontem (7) entre os candidatos ao cargo realizado pela TV Band em Manaus, para atacar o mandatário. Porém, na manhã desta segunda-feira (8), durante entrevista ao programa Manhã de Notícias da Rede Tiradentes, Wilson rebateu os caciques da política amazonense.

“Ninguém nesse estado foi tão atacado como eu. Duvido se houve um governador que foi tão atacado quando eu. Estou muito preparado e a minha resposta não é o ataque. Eu não quero perseguir ninguém. Minha resposta é o trabalho, é só fazer a comparação do que eles entregaram e do que eu consegui entregar. Mesmo diante de pandemia, da maior enchente de todos os tempos nós entregamos aqui a AM-070, quatro governadores passaram por lá. O trabalho que a gente fez é a reposta mais contundente que a gente tem”, afirmou o governador.

Wilson Lima também destacou o modo de agir dos dois caciques amazonenses, que são fruto da velha política. “Te outra coisa que é importante deixar aqui claro, todo mundo conhece o modus operandi deles. Eles não fazem a construção da carreira política deles mostrando o que eles fizeram, eles fazem tentando descontruir a história daqueles que querem trabalhar”, completou.

Sobre sua ausência no debate ele justificou dizendo que estava em agenda de governo no interior do Amazonas. “Eu estava em uma agenda no município de Tabatinga nós estamos na finalização para entrega das UTIs. É a primeira vez que a alta complexidade está indo para o interior, isso é inédito. Nós começamos no município de Parintins colocando esses leitos, fomos para o município de Tefé e nessa semana já começam a funcionar esses leitos. Eu cheguei aqui por volta de quase 10 horas da noite então, por isso, não teve como comparecer ao debate”, explicou.

Sistema sucateado
Lima também revelou que a saúde do Amazonas estava com um ‘sistema sucateado’ quando recebeu a gestão em 2019 das mãos de Amazonino Mendes, substituto do ex-governador cassado, José Melo.

“Eu herdei uma herança na área de saúde de um sistema sucateado. Quando eu parei para fazer o levantamento de quantos equipamentos tinham no estado do Amazonas, isso não tinha registrado em canto nenhum, havia um sucateamento muito grande. Nossas equipes tiveram que sair com uma prancheta na mão para fazer o levantamento dessas questões para que a gente pudesse entender qual seria o ponto de partida. Mas a gente conseguiu avançar muito”, contou.

“Quando eu assumi o governo nós tínhamos 2% de abastecimento na nossa central de medicamentos. Hoje a gente tem acima de 80%. Não havia uma UTI no interior e nós começamos lá pelo município de Parintins. Sabe quantas usinas de oxigênio os poderosos que passaram pelo governo deixaram? Nenhuma. Todas que tem foram colocadas no nosso governo. Hoje nós temos 45 usinas de oxigênio funcionando. Hoje mais de 40 municípios tem autonomia para produção de oxigênio. Então tudo isso fez com que a gente entrasse numa situação muito difícil [no auge da pandemia]” disse.

Polêmica sobre falta de oxigênio
O governador também falou abertamente sobre um dos assuntos que deverão ser bastante usados para lhe atacar nos próximos debates que foi a falta de oxigênio no auge da pandemia, problema ocorrido em hospitais do mundo inteiro, mas isso foi ignorado pelo cacique durante o debate.

Problemas de ataque eu enfrento desde a minha transição. Quando eu assumi me disseram o seguinte: ‘você vai ter três meses de lua de mel’. Eu comecei a ser atacado durante a transição porque os não aceitavam o resultado das urnas de 2018. Mas especificamente sobre esses casos, por exemplo, dos respiradores a gente estava numa batalha para salvar vidas e mesmo diante e mesmo diante daqueles momentos difíceis os adversários políticos, os poderosos da política ocupavam seu tempo em me atacar e em tripudiar. A determinação que eu dei para a minha equipe era para que comprasse tudo que fosse necessário de insumo para poder salvar vidas”, afirmou.

Wilson Lima também aproveitou para deixar claro que não há nenhuma condenação contra ele sobre esse caso e nenhum documento que prove alguma irregularidade.

“Há um processo sobre essa situação, não há nenhuma acusação contra mim de que eu fui beneficiado de alguma forma. Não há um documento sequer assinado por mim que indica que eu cometi algum tipo de irregularidade. Minha vida foi virada de cabeça para baixo, minha vida foi devassada. Não encontraram absolutamente nada. Se tivessem encontrado você que eu estaria na cadeira de governador? Lhe garanto uma coisa, não houve má fé, não há nenhuma um indício, qualquer acusação de que eu tenha me beneficiado de qualquer procedimento realizado no governo”, destacou.

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