Governo Federal

Falta de verba paralisa aviões da FAB e força ministros de Lula a encarar filas em aeroportos

O corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do Ministério da Defesa tem impactado diretamente o transporte de autoridades do governo federal. Sem recursos suficientes, a Força Aérea Brasileira (FAB) tem enfrentado grandes dificuldades para abastecer e manter sua frota de jatos, e apenas três das dez aeronaves seguem operacionais em tempo integral, segundo apuração da Folha de São Paulo.

Ministros fora da lista de prioridades vêm enfrentando dificuldade para reservar voos oficiais, sendo obrigados a utilizar voos comerciais. A insatisfação já chegou ao Palácio do Planalto, diante das queixas crescentes entre integrantes do primeiro escalão do Governo Lula.

A legislação determina prioridade no uso das aeronaves para ministros da Justiça, Fazenda, Casa Civil e Defesa. Também têm precedência os presidentes da Câmara, do Senado e do  Supremo Tribunal Federal (STF). Os demais precisam aguardar a disponibilidade de aeronaves, o que se tornou raro, segundo fontes do governo.

A FAB confirmou que as restrições orçamentárias afetam não apenas o reabastecimento das aeronaves, mas todo o ciclo de operação e manutenção da frota. A escassez compromete a aquisição de peças de reposição, lubrificantes e a realização de reparos, o que limita a disponibilidade dos meios e prejudica o cumprimento das missões.