Exclusivo: Droga do “efeito zumbi” é apreendida a cada 2h nas cadeias. Veja Vídeo do efeito devastador
Consumo e apreensões do canabinoide chamado de spice, k9, ou maconha sintética disparou em SP. A droga provoca o chamado “efeito zumbi”
As apreensões do canabinoide sintético, que causa o chamado “efeito zumbi“, explodiram no sistema carcerário paulista, onde foi registrada a primeira ocorrência com a droga em 2017. Só no ano passado, foram 4.091 casos, o equivalente a um a cada duas horas.
A droga sintética é conhecida como k9, k2, k4, spice, ou ainda space. Ela não é maconha, apesar de ser chamada como tal por ser consumida na forma de cigarro e se conectar com os mesmos receptores cerebrais que a erva natural. A explosão do uso da substância tem traumatizado famílias de usuários, gerando internações e mortes.
O Metrópoles obteve com exclusividade os dados de apreensões, cada vez maiores, feitas pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), que registrou alta de 5.581% em quatro anos, e pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcórtico (Denarc). As apreensões nas ruas também crescem gradativamente em São Paulo, desde que a droga migrou do sistema carcerário para as bocas de fumo.
O primeiro registro de apreensão da maconha sintética, em São Paulo, ocorreu na véspera do Natal de 2017, na Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior paulista. Na cadeia, a droga é chamada de k4 e chega borrifada em folhas de papel, ou fotografias.
Dados da SAP indicam que houve no sistema carcerário paulista um aumento de 5.581% na apreensão de k4, de 72 casos, em 2018, para 4.091, em http://2022.https://flo.uri.sh/visualisation/13426752/embed?auto=1A Flourish data visualization
O crescimento mais acentuado foi em 2020, após o início da pandemia da Covid-19. Naquele ano houve 1.256 ocorrências. Isso ocorreu devido à proibição de visitas, que impulsionou o envio de correspondência aos detentos. Neste ano, até março, foram registradas 528 apreensões do entorpecente.
Por causa da forma como entra no sistema prisional, borrifada em papel, a SAP proibiu no início de 2022 a entrada de papel sulfite nas unidades prisionais, além de restringir o número de fotos e outros impressos enviados por correspondência.
Fonte: Metrópoles