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Escândalos de corrupção no Hospital 28 de Agosto marcam a péssima gestão de Wilson Lima

Os problemas envolvendo a administração do governador Wilson Lima (UB) não são novidade.

A administração do governador Wilson Lima (UB) enfrenta mais uma turbulência, desta vez envolvendo graves denúncias contra a gestão do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, uma das principais unidades de saúde do Amazonas. A diretora da unidade, Júlia Fernanda Miranda Marques, e as funcionárias Querciane Souza Alves e Lane Lima Nascimento são acusadas pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) de corrupção passiva e irregularidades em contratos públicos.

Segundo a denúncia protocolada pelo MP-AM na 4ª Vara Criminal de Manaus, em 5 de novembro, as acusadas teriam manipulado processos administrativos para beneficiar terceiros e garantir vantagens financeiras indevidas. Os crimes apontados incluem corrupção passiva (art. 317 do Código Penal) e contratação sem licitação (art. 337-E), ações que ferem a integridade do setor público e resultam em prejuízos aos cofres estaduais.

Histórico de escândalos e prejuízos financeiros

As irregularidades no Hospital 28 de Agosto não são novidade. Em junho de 2023, uma operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-AM, expôs um esquema criminoso que desviou cerca de R$ 2 milhões dos cofres públicos.

O esquema envolvia o favorecimento de uma empresa contratada para serviços de portaria, com valores superfaturados, além de repasses ilegais realizados através de uma empresa ligada a um clube esportivo presidido por Henrique Barbosa.

A investigação culminou na prisão de Júlia Fernanda Miranda Marques e gerou grande repercussão, ampliando as críticas à gestão da saúde pública no estado. Os sucessivos escândalos envolvendo o hospital não apenas impactam a credibilidade da unidade, mas também agravam a crise de imagem enfrentada pelo governo Wilson Lima.

Os problemas envolvendo a administração do governador Wilson Lima (UB) não são novidade. Durante a pandemia de Covid-19, sua gestão enfrentou um dos maiores escândalos de corrupção do estado: a polêmica compra de respiradores em uma loja de vinhos. O episódio gerou indignação nacional e resultou em investigações por suspeitas de superfaturamento e desvios de recursos destinados ao enfrentamento da crise sanitária.

Além disso, Wilson Lima carrega outra marca negativa. Segundo levantamento da Atlas divulgado neste ano, o governador foi avaliado como o pior do Brasil, reforçando a percepção de insatisfação popular com sua administração. A sequência de denúncias, incluindo as recentes acusações de corrupção no Hospital 28 de Agosto, coloca a gestão estadual em uma posição crítica perante a opinião pública.