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Deputados receberam R$ 23 mil em diárias para acompanhar Lula em velório do Papa Francisco

Seis deputados federais brasileiros receberam juntos $ 23.472,69 em diárias públicas para integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no velório do Papa Francisco, realizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. 

Os parlamentares voaram no avião presidencial e tiveram suas despesas bancadas pelos cofres da Câmara dos Deputados. As informações são do jornal O Globo.

Os parlamentares que participaram da viagem oficial foram:

  • Hugo Mota (Republicanos-PB): R$ 4.809,75 (1,5 diária)
  • Reimont (PT-RJ): R$ 3.730,02 (1,5 diária)
  • Odair Cunha (PT-MG): R$ 3.730,02
  • Luis Tibé (Avante-MG): R$ 3.742,86
  • Padre João (PT-MG): R$ 3.730,02
  • Professora Goreth (PDT-AP): R$ 3.730,02

A presença da comitiva parlamentar no velório do pontífice foi considerada parte de uma missão oficial de representação do Estado brasileiro. Ainda assim, o pagamento de diárias para uma cerimônia religiosa — especialmente em contexto de crise fiscal e cortes orçamentários — gerou críticas nas redes sociais e entre entidades de controle.

Embora a presença de parlamentares em eventos internacionais seja prevista no regimento da Casa, a natureza simbólica e religiosa da cerimônia reacendeu o debate sobre os critérios utilizados para autorizar diárias internacionais. A falta de uma agenda paralela de compromissos oficiais por parte dos deputados reforçou a percepção de que a viagem teve caráter essencialmente protocolar, com custo elevado para o erário.

Não houve, até o momento, manifestação oficial dos parlamentares sobre o uso dos recursos públicos, tampouco a divulgação de relatórios de viagem ou justificativas formais para a presença de cada integrante da comitiva. O episódio se soma a outras controvérsias envolvendo gastos com diárias e passagens oficiais, frequentemente criticadas por falta de transparência e excesso de benesses em tempos de contenção fiscal.

Procurados, nem a Câmara dos Deputados nem os gabinetes dos parlamentares envolvidos se pronunciaram até o fechamento desta matéria.

*O Globo