Carnaval 2025: No período de Carnaval, casos de estelionato têm aumentado no Amazonas
Nos últimos quatro anos, foram registrados 852 crimes de estelionato (crimes virtuais) somente no período de fevereiro
O Carnaval, apesar de ser um momento de folia, pode ter seus momentos indesejáveis, principalmente, relacionados a golpes. Nesse momento o folião deve ter uma atenção redobrada para os casos de roubos, furtos, transações ilegais em máquinas de cartão de crédito/débito por aproximação e até mesmo troca de QR Code para a festa não se tornar uma grande dor de cabeça.
Dados do Painel de Indicadores Criminais – Crimes Cibernéticos – da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM) mostram que nos últimos quatro anos, no período de Carnaval, casos de estelionato tem aumentado no Estado.
Conforme a SSP-AM, nos últimos quatro anos, foram registrados 852 crimes de estelionato (crimes virtuais) somente no período de fevereiro.
Orientação
De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Cibernéticos (Dercc), delegado Henrique Brasil, o cidadão que vai participar de festas neste período precisa desativar o serviço de aproximação para evitar os golpes em máquinas.
“Outro golpe é a troca dos QR Code, que todos os pagamentos devem ser conferidos com quem vai receber os valores, conferindo o destinatário do pagamento”, afirma Brasil.
Segundo o delegado, o folião também deve evitar levar celular por conta de roubos e furtos. “Muitas vezes após a prática criminosa os autores passam a utilizar meios para desbloquear e realizar transferências e gastos diretamente no aparelho da vítima”, informa o titular da Dercc.
Dicas
Neste mês, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) também alertou os foliões que a fraude do wi-fi falso e golpe do Pix são alguns dos golpes mais comuns aplicados no Brasil, principalmente durante o Carnaval.
Uma das principais dicas da associação é para que o folião redobre os cuidados ao comprar comidas e bebidas em blocos de rua. A ABBC orienta que o dono do cartão nunca deve entregá-lo diretamente ao vendedor, especialmente na rua ou estabelecimentos não habituais. Os criminosos podem se passar por comerciantes, memorizar a senha do cliente e trocar o cartão durante a transação.
Idoso sofre golpe de R$ 850
No ano passado, um idoso, de 67 anos, que pediu para ter o nome preservado, relatou que estava em um bloco de Carnaval no Centro Histórico de Manaus, quando foi comprar bebidas e um lanche. “A conta deu uma média R$ 85, eu passei o cartão por aproximação e não verifiquei, porém, no outro dia fui ver como estava meus gastos e tinha um rombo de R$ 850. Fiquei no prejuízo e nunca mais usei cartão por aproximação”, contou a vítima.
Máquina apagada ou quebrada
Além disso, não se deve aceitar pagar uma compra se o visor de cobrança da máquina estiver quebrado ou apagado, impedindo a visualização do valor real da compra. Os golpistas podem inserir um valor muito acima do que a vítima teria que pagar, levando a prejuízos.
Outra dica é para que o pagamento seja feito preferencialmente por aproximação via celular. De acordo com a associação, esse tipo de pagamento é mais seguro, pois possibilita uma camada de autenticação adicional com biometria ou senha para acesso à carteira digital antes de efetuar o pagamento.
Em cartões físicos, recomenda-se desativar função de aproximação para evitar que criminosos se aproveitem da aglomeração para capturar sinais do cartão e realizar débitos sem consentimento do usuário.