BANCADA DO AM: Saiba quais deputados Federais assinaram a ‘CPI da Fraude no INSS’; veja
Amazonas – Um esquema de fraudes que desviou mais de R$ 6,3 bilhões de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) motivou o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) a protocolar, na última quarta-feira (30), um requerimento para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apelidada de “CPI do Roubo dos Aposentados”. A proposta, que já conta com 185 assinaturas, incluindo cinco deputados do Amazonas, busca investigar descontos indevidos na folha de pagamento de beneficiários, revelados pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) na operação “Sem Desconto”.
Bancada do Amazonas dividida
Dos oito deputados federais do Amazonas, cinco já aderiram ao pedido da CPI: Amom Mandel (Cidadania), Capitão Alberto Neto (PL), Silas Câmara (Republicanos), Pauderney Avelino (União Brasil) e Fausto Junior (União Brasil). Esses parlamentares destacaram a gravidade do esquema e a necessidade de punir os responsáveis. Amom Mandel, por exemplo, afirmou: “Fraudar o INSS é fraudar a dignidade do povo brasileiro. Precisamos da CPI funcionando o quanto antes.” Já Fausto Junior reforçou nas redes sociais: “É nosso dever investigar e punir os fraudadores.” Por outro lado, três deputados da bancada amazonense ainda não assinaram o requerimento nem se manifestaram publicamente sobre o tema: Átila Lins (PSD), Adail Filho (Republicanos) e Sidney Leite (PSD). A ausência de posicionamento desses parlamentares tem gerado questionamentos, especialmente diante da magnitude do escândalo, que envolve falsificação de documentos, descontos sem consentimento e possível participação de políticos em associações investigadas.
Fraude bilionária e pressão por investigação
A operação da PF e da CGU revelou um esquema sofisticado que cobrava valores mensais de aposentados, muitas vezes sem autorização. Segundo o jornal Metrópoles, 29 associações estavam autorizadas a realizar esses descontos, com uma delas, alvo de 4,7 mil ações judiciais, cobrando R$ 45 por supostos benefícios. O deputado Capitão Alberto Neto, que desde julho de 2024 alertava sobre os descontos indevidos, cobrou explicações do então ministro da Previdência Social, Carlos Luppi, que pediu demissão na sexta-feira (2).
Próximos passos
Para que a CPI seja instaurada, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), precisa autorizar oficialmente o início dos trabalhos. A comissão, se aprovada, terá como objetivo apurar responsabilidades, punir os culpados e propor medidas para evitar novas fraudes. “Proteger os direitos dos aposentados é uma questão de justiça social,” destaca o requerimento de Coronel Chrisóstomo.
Enquanto a sociedade aguarda a instalação da CPI, a pressão cresce para que os deputados do Amazonas que ainda não se posicionaram esclareçam sua postura diante de um esquema que comprometeu a subsistência de milhares de brasileiros.
Deputados do Amazonas que assinaram a CPI:
Amom Mandel (Cidadania)
Capitão Alberto Neto (PL)
Silas Câmara (Republicanos)
Pauderney Avelino (União Brasil)
Fausto Junior (União Brasil)
Deputados do Amazonas que não assinaram:
Átila Lins (PSD)
Adail Filho (Republicanos)
Sidney Leite (PSD)