Colunista de O Globo afirma que ‘Bolsonaro perdeu’ e ‘vai ser preso’
Artigo de Merval Pereira ataca a família Bolsonaro
Nesta segunda-feira (23), o colunista Merval Pereira, do jornal O Globo, dedicou um artigo à expor sua preocupação com o crescimento dos evangélicos no Brasil e a aproximação do segmento religioso da política. No dia seguinte, nesta terça-feira (24), o jornalista usa seu espaço na mídia carioca para atacar a família Bolsonaro.
Primeiro, ele dispara contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a quem aconselha a “pensar dentro das quatro linhas”, sugerindo que a fala do parlamentar configura uma ameaça ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Flavio Bolsonaro tem uma visão muito equivocada quando afirma que o escolhido por seu pai para se candidatar à presidência da República deve se comprometer a atuar até com a força para que o STF aceite o indulto a ele. O STF está num processo de julgamento de uma tentativa de golpe e não vai permitir novamente que um presidente o ameace.
Em seguida, ele mira o líder-mor da direita no Brasil, Jair Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente, no âmbito das ações penais, “perdeu, está sendo julgado e vai ser preso”. O texto ainda afirma que a declaração de Flávio, convencionando o apoio ao candidato da direita ao compromisso de indultar Jair Bolsonaro, “seria uma nova tentativa inaceitável de golpe”.
– Bolsonaro perdeu, está sendo julgado e vai ser preso. Portanto, não há presidente que seja eleito na base do “vou derrubar o STF para soltar Bolsonaro no peito”. Seria uma nova tentativa inaceitável de golpe.
Quanto ao nome indicado por Bolsonaro, caso sua inelegibilidade seja mantida, Merval considera que “não adianta falar grosso e escolher um candidato porque tem seu sobrenome”. Para o colunista, “ninguém na família [Bolsonaro] tem votos para se eleger presidente”, e, na sua opinião, Michelle, que teria mais chances, não goza da confiança do clã.
– Ele [Bolsonaro] tem que refazer a sua estratégia e pensar em um candidato que se eleja; não adianta falar grosso e escolher um candidato porque tem seu sobrenome. Ninguém na família tem votos para se eleger presidente. Quem tem mais chances é Michelle, em quem também não confiam – supôs.