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‘Farra do INSS’: 3 mil servidores tinham acesso a dados sigilosos de beneficiários, diz jornal

As investigações sobre a chamada “Farra do INSS” revelaram que cerca de 3 mil servidores tinham acesso irrestrito a dados sensíveis de aposentados e pensionistas no Sistema Único de Informações de Benefícios (Suibe). A suspeita é de que essas informações tenham sido repassadas ilegalmente a sindicatos e instituições financeiras, o que explicaria a ocorrência de descontos indevidos nos benefícios de segurados. As informações são do site Metrópoles.

O Suibe concentra dados como nome, CPF, telefone, tipo de benefício (aposentadoria, pensão, BPC, salário-maternidade) e o valor recebido mensalmente. Após a descoberta, o governo federal restringiu o acesso ao sistema, limitando a consulta a apenas seis servidores, conforme apuração da colunista Andreza Matais.

A operação revelou um esquema em que entidades apresentavam listas ao INSS para autorizar descontos nos benefícios de aposentados, sem autorização dos titulares. O caso levou à queda do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, e da cúpula do INSS.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o esquema teve início no governo de Jair Bolsonaro (PL) e que sua gestão teria sido responsável por expor as irregularidades. No entanto, até o momento, os alvos das investigações não incluem nomes ligados à gestão anterior e somente nomes ligados à esquerda.