Alckmin defende democracia em ato contra anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), um dos alvos de um plano de assassinato em uma tentativa de golpe de Estado, segundo a Polícia Federal (PF), afirmou que é preciso “estar atento” para defender o Estado Democrático de Direito. A declaração foi dada em ato virtual realizado nesta quinta-feira, 28, contra a anistia aos participantes dos ataques antidemocráticos do 8 de Janeiro.
“Precisamos estar atentos e próximos para defendermos juntos o Estado Democrático de Direito”, disse Alckmin, em vídeo, exibido durante o 11º ato do Fórum pela Democracia, realizado pelo movimento Direitos Já, que conta com o apoio de 16 partidos, entre eles MDB, PSDB, PT e PSOL.
Segundo a organização do movimento, o relatório da PF sobre o plano golpe de Estado, que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, motivou o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador do grupo, a organizar o ato.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, defendeu punição para os participantes da tentativa de golpe. “Nós, do PSDB, e eu, particularmente, prego uma radicalização cada vez maior pela democracia. Os acusados precisam ter direito à ampla defesa, mas é preciso efetivamente que haja punição àqueles que quiseram devolver o Brasil ao filme que a gente assistiu com tristeza a partir de 1964?, disse o tucano.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) reforçou a necessidade de defesa da democracia. ”Achávamos que tínhamos voltado a um sistema de democracia e que nada mais iria atrapalhar nossa marcha no sentido do desenvolvimento. Nós, agora, em 2022, tivemos muito proximos de um rompimento democrático e de instalação de um golpe. Todos que somos democratas precisamos estar unidos, sabendo que a democracia precisa ser cultivada e defendida a todo tempo”, disse.