Sinteam contabiliza mais de 3 mil professores com desconto salarial
Medida, determinada pelo desembargador Domingos Chalub, foi adotada pela Seduc no contracheque deste mês
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) já contabiliza mais de três mil professores que tiveram descontos em folha desde o início da greve no estado. Uma decisão da Justiça do Amazonas considerou o movimento ilegal, levando o governo estadual a contabilizar as ausências em sala de aula como falta.
De acordo com a assessoria de comunicação do sindicato, até o fim da noite de sexta-feira (26), a entidade já havia recebido mais de três mil contracheques de professores. Os descontos chegavam até R$ 2 mil, segundo a entidade.
“É a primeira vez na história do estado do Amazonas que se tem as faltas descontadas no mesmo mês trabalhado, quando o mês nem terminou”, disse para A CRÍTICA a presidente da entidade, Ana Cristina Rodrigues.
Ela informou que o sindicato irá recorrer à Justiça e pedir ressarcimento em dobro das faltas descontadas. “Temos colegas que o contracheque quase zerou, porque como todos sabem, os trabalhadores em educação, na sua grande maioria, têm parte da sua renda comprometida, porque como a renda não dá, temos que recorrer a empréstimos e consignados [descontados em folha]”, pontuou.
À reportagem, o Governo do Amazonas informou que os professores recebem os dias trabalhados no mês corrente. “Ou seja, o pagamento que será feito nos dias 30 e 31 será refere aos dias trabalhados no mês de maio, assim, como o pagamento de abril foi feito no final do mês de abril”, diz nota.
“Cabe explicar que a Secretaria de Estado de Administração tem até 48 horas antes do pagamento de cada mês para os ajustes finais na folha de pessoal. Desta forma, os professores da rede estadual que faltaram às atividades a partir do dia 17, tiveram o desconto em folha pelas faltas até o dia 25 de maio, conforme decisão Judicial que considerou a greve ilegal”, finaliza a manifestação do governo.