Digitalização da logística nos supermercados é protagonista, diz CEO
No varejo supermercadista, logística sempre foi uma questão essencial. No primeiro trimestre de 2025, o e-commerce do varejo alimentar atingiu penetração de 33,4%, maior percentual desde 2009, segundo a Kantar. O canal, antes pouco utilizado, ampliou a participação desde a pandemia de 2020.
O transporte de alimentos continua sendo um ponto crítico na cadeia de abastecimento global. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, 13% dos alimentos são perdidos entre a colheita e o mercado consumidor, o que representa um prejuízo anual de cerca de US$ 400 bilhões.
No entanto, além de estar presente no ambiente virtual, o varejo supermercadista precisa se destacar. “Com a pressão por eficiência e agilidade, a logística se tornou protagonista e a tecnologia está no centro dessa virada. Do planejamento de rotas à gestão de estoque, soluções digitais estão ajudando supermercados a operar melhor, gastando menos”, explica Vinicius Pessin, CEO da Eu Entrego.
O executivo ainda lista alguns exemplos de como a tecnologia está auxiliando o setor:
1) Roteirização em tempo real
Através de algoritmos que calculam os melhores caminhos, é possível economizar combustível, reduzir o desgaste da frota e entregar dentro do prazo. Mais eficiência e menos custo, diferença que, muitas vezes, chega ao bolso do cliente.
2) Estoques inteligentes
Ferramentas preditivas, baseadas em dados históricos e padrões de consumo, ajudam a manter o equilíbrio. Nada de prateleira vazia, nem de produtos encalhados. O objetivo é ter menos desperdício e mais previsibilidade.
3) Segurança nas entregas
Rastreamento em tempo real garante visibilidade total do trajeto e ajuda a prevenir desvios ou roubos. No caso de produtos sensíveis, que requerem um transporte especial, há uso de sensores para monitorar pontos como temperatura e umidade, do início ao fim. Gestores podem utilizar painéis simples e atualizados para acompanhar todo o processo em tempo real. Isso permite ajustes rápidos e decisões assertivas, com base em dados concretos. Redes que adotaram essas tecnologias estão reduzindo custos, entregando mais rápido e melhorando a experiência do cliente.
4) Integração com a Inteligência Artificial (IA)
O próximo passo é a integração total dos sistemas e o uso mais avançado da IA. Pessin explica que se as empresas querem se manter competitivas, vão precisar acompanhar esse movimento.