Mercado estético avança com soluções menos invasivas
O mercado de estética no Brasil segue em ritmo acelerado de crescimento. De acordo com uma publicação do Instituto Venere, o número de profissionais atuando no setor de estética e bem-estar cresceu 567% nos últimos cinco anos, passando de 72 mil para mais de 480 mil especialistas em clínicas e consultórios em todo o país. Esse salto posiciona o Brasil entre os principais mercados globais no segmento de cuidados pessoais e beleza.
Segundo Michelli Vieira Lima, especialista em Estética Avançada com 21 anos de experiência na área, esse crescimento está relacionado a uma mudança no comportamento do consumidor.
“As pessoas têm buscado procedimentos que ofereçam resultados eficazes com o mínimo de desconforto e tempo de recuperação. Isso abriu espaço para novas tecnologias que evitam o uso de bisturi ou agulhas, com protocolos menos invasivos e mais alinhados à rotina moderna“, pontua.
A profissional destaca que, entre as novidades que vêm despertando o interesse de pacientes e profissionais estão o laser de diodo, como o Soprano Ice, e a intradermoterapia pressurizada. Michelli explica que essas técnicas vêm sendo exploradas por oferecerem abordagens mais suaves, sem abrir mão da eficácia.
“O laser de diodo é utilizado para depilação definitiva. Ele atua por meio de feixes de luz que atingem o bulbo capilar, enfraquecendo o crescimento dos pelos. Um diferencial do Soprano Ice é o sistema de resfriamento, que proporciona mais conforto durante a aplicação e o torna compatível com diferentes tipos de pele”, afirma.
“Já a intradermoterapia pressurizada permite a aplicação de ativos diretamente na pele, mas sem o uso de agulhas. Utiliza um jato de alta pressão que atravessa a camada superficial da pele, levando substâncias como cafeína ou enzimas para tratamentos como gordura localizada, celulite e revitalização cutânea”, complementa.
Michelli Vieira Lima, que é especializada em harmonização facial, estética corporal e estética integrativa, e, ao longo da carreira, foi reconhecida com prêmios como o Wonderful Beauty (2023) e o American Beauty Award – Melhores do Ano (2024), além de ter atuado como jurada e palestrante no Miami Brazilian Conference, também ressalta que o crescimento dos tratamentos menos invasivos também está relacionado à postura do profissional, que pode unir técnica e sensibilidade para valorizar a beleza individual com respeito ao biotipo, à história e à essência de cada cliente.
“Trabalhar com estética é também trabalhar com o emocional. Quando uma pessoa se vê bem, com saúde e naturalidade, ela se transforma. E isso pode — e deve — ser alcançado com leveza, conforto e segurança”, ressalta.
Ainda segundo Michelli, os avanços tecnológicos têm ampliado o acesso a cuidados estéticos personalizados, com menos riscos e maior adaptabilidade à rotina. Ela observa que o próprio olhar dos profissionais da área vem se transformando: “A estética de hoje não busca a perfeição, mas a autenticidade. O objetivo não é mudar alguém, e sim valorizar sua essência de forma saudável e sustentável”.
Para a profissional, em um mercado cada vez mais competitivo, as inovações não invasivas vêm se consolidando como alternativas viáveis e promissoras — tanto para quem oferece serviços de excelência quanto para os pacientes que desejam cuidar da aparência sem recorrer a procedimentos radicais.