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Estudo analisa e informa sobre procedimento de gluteoplastia

Um estudo publicado pela Revista Caderno Pedagógico, chamado Gluteoplastia de Aumento e Lifting de Glúteos: Uma Revisão de Literatura citou um relatório da American Board of Cosmetic Surgery (2024) que apresentou recomendações para o período pós-operatório de pacientes submetidos ao procedimento de gluteoplastia com enxerto de gordura, conhecido como Brazilian Butt Lift (BBL). Segundo os dados apresentados, a recuperação exige cuidados rigorosos para evitar complicações e garantir a eficácia do resultado estético. A dor pós-operatória é geralmente considerada mínima e pode ser controlada com o uso de analgésicos prescritos. Conforme informado na publicação, durante as primeiras duas semanas, é essencial evitar qualquer tipo de pressão direta sobre os glúteos, recomendando-se que os pacientes durmam de bruços ou de lado e mantenham essas posições ao longo do dia, exceto quando precisarem usar o banheiro.

A partir da terceira semana, com autorização médica, os pacientes podem começar a se sentar de forma adaptada, utilizando um assento em formato de “donut” ou um travesseiro posicionado sob as coxas, de modo a manter os glúteos sem contato com superfícies duras. Segundo as diretrizes divulgadas, a retomada completa da atividade normal de se sentar só é recomendada por volta da oitava semana após a cirurgia, dependendo da evolução individual. Ainda conforme o relatório, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações médicas relacionadas à administração de medicamentos e cuidados com a higiene da ferida cirúrgica, a fim de evitar infecções e acelerar o processo de cicatrização.

A publicação cita que, diante do aumento global de complicações graves, como a embolia gordurosa pulmonar, uma força-tarefa internacional foi formada para reavaliar os riscos associados ao BBL. De acordo com informações do relatório conjunto da International Society for Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), todas as mortes investigadas estavam relacionadas à injeção de gordura dentro e abaixo do músculo glúteo, com danos identificados nas veias glúteas superiores e inferiores. Essas ocorrências, ainda que os cirurgiões tenham alegado injeções em camadas subcutâneas, demonstram a necessidade de revisão técnica e maior precisão no procedimento.

Conforme informado na publicação, as novas diretrizes de segurança incluem a proibição de injeções através da fáscia glútea, o uso obrigatório de cânulas com diâmetro superior a 4 mm para reduzir o risco de perfuração de vasos sanguíneos e a limitação do volume de gordura injetada entre 500 e 800 ml por nádega. Adicionalmente, a abertura da cânula deve ser posicionada para cima, a fim de garantir a aplicação superficial da gordura. O uso de ultrassonografia intraoperatória também foi recomendado como ferramenta essencial para guiar a profundidade da injeção, contribuindo para uma abordagem mais segura e precisa.

Sobre o assunto, o Dr. André Ahmed, Cirurgião Plástico e especialista em Gluteoplastia, afirmou que a gluteoplastia de aumento com enxerto de gordura é um procedimento que não possui um risco elevado, porém a gluteoplastia realizada com silicone é um procedimento cada vez mais seguro, especialmente quando realizado dentro dos protocolos modernos de segurança e por profissionais qualificados. O Dr. André continuou dizendo que o implante de silicone nos glúteos tem se consolidado como uma alternativa ainda mais segura e previsível, especialmente quando comparado ao enxerto de gordura autóloga. “Sobre o enxerto de gordura, embora ofereça resultados naturais e uma recuperação geralmente bem tolerada, ele depende da viabilidade da gordura enxertada, o que pode resultar em reabsorção parcial e necessidade de retoques. Já os implantes de silicone glúteos possuem volume estável e formato definido, permitindo ao cirurgião maior controle estético do resultado. Além disso, os riscos de complicações graves, como a embolia gordurosa”.

Segundo os dados apresentados na publicação, citando o estudo conduzido por Rios & Gupta (2018) e que se encontra na página 15 do conteúdo informado através do link no início desta matéria, as medidas implementadas pela força-tarefa resultaram em uma expressiva queda na incidência de embolia gordurosa pulmonar. Antes de 2017, a taxa registrada era de 1 caso para cada 1.030 procedimentos realizados. Após a adoção das novas práticas de segurança, o índice caiu para 1 em 2.492 procedimentos, representando um avanço significativo na prevenção de riscos fatais associados ao BBL. Essas descobertas reforçam a importância de conhecimento anatômico detalhado da região glútea e de técnicas que evitem planos profundos, como as injeções em ângulo descendente.

Em sua avaliação final, o Dr. André disse que outro ponto positivo da prótese de silicone é o tempo de recuperação bem definido e com isso, o paciente costuma retomar suas atividades cotidianas leves em cerca de 10 a 15 dias, com acompanhamento médico, e sem as restrições severas de posicionamento que o BBL exige nas primeiras semanas. Isso favorece uma recuperação mais tranquila e com menos impacto na rotina. “A evolução dos implantes de silicone glúteo — tanto em formato quanto em textura e resistência — permitiu que os resultados se tornassem cada vez mais naturais e anatômicos. Além disso, o procedimento é altamente indicado para pacientes que não possuem gordura suficiente para lipoenxertia, o que amplia o acesso a esse tipo de cirurgia com segurança e eficácia”.

Mais detalhes em: https://www.youtube.com/watch?v=gnnGueFIGaU