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Pedidos de demissões acendem alerta nas empresas brasileiras

A saída de profissionais qualificados, mesmo em contextos de aparente motivação e produtividade, tem se tornado uma preocupação constante para líderes e equipes de recursos humanos. Um levantamento global da McKinsey & Company apontou que mais de 40% dos trabalhadores estão considerando deixar seus empregos nos próximos meses. No Brasil, o cenário não é diferente: empresas enfrentam desafios crescentes para reter talentos, mesmo entre os colaboradores com bom desempenho.

Especialistas indicam que, em muitos casos, o pedido de demissão de funcionários bem avaliados não está relacionado exclusivamente à remuneração. Entre os fatores mais recorrentes estão a ausência de reconhecimento, falhas na liderança, clima organizacional negativo, falta de perspectivas de crescimento, sobrecarga e desalinhamento de valores entre colaborador e empresa.

De acordo com a Forbes, uma pesquisa do The Workforce Institute da UKG apontou que profissionais mal geridos são 60% mais propensos a apresentar altos níveis de estresse e, fatores como excesso de trabalho e ausência de reconhecimento, estão entre os principais gatilhos de sofrimento emocional nas organizações.

A falta de reconhecimento contínuo pode ser combatido com uma das estratégias mais eficazes para a retenção de talentos: o marketing de incentivo. Campanhas de premiação por desempenho, por exemplo, têm ganhado espaço por oferecerem recompensas tangíveis e personalizadas aos colaboradores. “O reconhecimento vai além do elogio. Premiações estruturadas mostram, na prática, que o esforço é valorizado”, afirma Ana Piacente, coordenadora de marketing da Incentive, empresa que atua há mais de 40 anos no ramo de premiação corporativa.

Além disso, a ausência de propósito e de alinhamento com os valores da empresa também contribui para o desligamento voluntário, especialmente entre os profissionais mais jovens. Para muitas pessoas, não basta ter estabilidade ou bom salário — é preciso sentir que o trabalho tem um significado real.

Nesse cenário, o marketing de incentivo tem sido cada vez mais utilizado por empresas que desejam manter profissionais engajados e conectados aos objetivos institucionais. Por meio de ações estruturadas de reconhecimento, como programas de pontuação, premiações com liberdade de escolha e recompensas isentas de encargos trabalhistas, é possível reforçar comportamentos positivos e criar vínculos duradouros com a equipe.

“Campanhas bem planejadas contribuem para manter o foco nos resultados e demonstram, de forma concreta, o valor que cada colaborador tem para a empresa”, complementa Ana Piacente, da Incentive. A companhia desenvolve soluções que vão desde plataforma de pontos que oferece mais de um milhão de prêmios à escolha do colaborador ou o cartão pré-pago, voltado à premiação com segurança jurídica e praticidade para os gestores.

Além do reconhecimento, a retenção de talentos também passa por outras boas práticas: oferecer feedbacks contínuos e construtivos e investir no desenvolvimento das lideranças são algumas das estratégias recomendadas por especialistas em gestão de pessoas. Ambientes colaborativos, onde há respeito, transparência e oportunidades de crescimento, tendem a ter menor rotatividade e índices mais altos de engajamento.

Dados da Harvard Business Review indicam que o custo da perda de um bom colaborador pode chegar a até 250% do seu salário anual, considerando custos com recrutamento, integração e queda de produtividade da equipe. Isso sem contar o impacto sobre o clima interno e a imagem institucional.

Diante desse cenário, é possível enxergar que a retenção de talentos pode estar associada a um conjunto de fatores, como reconhecimento por desempenho, valorização profissional e condições adequadas de trabalho. A implementação de práticas organizacionais consistentes tem o potencial de influenciar a permanência dos colaboradores e reduzir a rotatividade.