Notícias Corporativas

Cresce a busca por biópsias de tireoide no Brasil

Especialistas em cabeça e pescoço, como a Dra. Adriana Brasil, têm observado um aumento no diagnóstico de nódulos tireoidianos na última década. Segundo a médica, esse cenário pode estar relacionado a dois fatores principais: o aumento na solicitação de ultrassons de tireoide em triagens de check-up, especialmente em grandes corporações, e a percepção de que a incidência de nódulos na tireoide pode estar crescendo na população. Na maioria dos casos, os nódulos não causam sintomas, o que reforça a importância dos exames de imagem para o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado.

A necessidade de realizar uma biópsia na tireoide pode surgir principalmente quando o ultrassom identifica nódulos com características suspeitas, como margens irregulares, microcalcificações ou crescimento progressivo. Além disso, nódulos maiores que 1 cm também são indicativos para o exame. A decisão final deve sempre ser individualizada, considerando o perfil de risco de cada paciente.

De acordo com a Associação de Câncer de Cabeça e Pescoço (ABCG), a identificação de nódulos na tireoide tem sido cada vez mais comum nos consultórios médicos, acompanhada de um aumento no número de pacientes encaminhados para exames complementares. Com isso, a procura por biópsias de tireoide, especialmente a punção aspirativa por agulha fina (PAAF), tem crescido nos últimos anos.

“Essa tendência acompanha um cenário clínico em que os profissionais de saúde buscam maior precisão diagnóstica desde os primeiros sinais de alterações glandulares. O ultrassom cervical tem sido fundamental nesse processo, auxiliando na detecção de nódulos em estágios iniciais — muitos deles assintomáticos e descobertos de forma incidenta”, destaca a Dra. Adriana Brasil.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), cerca de 60% da população pode apresentar nódulos na tireoide ao longo da vida, sendo a maioria deles de natureza benigna. A biópsia por punção aspirativa é recomendada para avaliar a possibilidade de malignidade, especialmente quando o nódulo apresenta características suspeitas ao exame de imagem. 

“A PAAF é um exame rápido, com anestesia local e guiado por ultrassom. Na grande maioria dos casos, conseguimos tranquilizar o paciente ao confirmar que o nódulo é benigno, evitando cirurgias desnecessárias”, explica a Dra. Adriana.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para o triênio de 2023 a 2025 é de 14.000 novos casos de câncer de tireoide no Brasil

 

Dra. Adriana faz um alerta para os nódulos na tireoide: “Nem todo nódulo precisa ser investigado com punção. Levamos em conta fatores como o tamanho, padrão ecográfico, histórico familiar e sintomas do paciente para definir a melhor abordagem.”

As diretrizes internacionais da American Thyroid Association (ATA) orientam que nódulos com características específicas, como margens irregulares, microcalcificações ou crescimento progressivo, devem ser avaliados com maior atenção. Essas recomendações ajudam a evitar condutas desnecessárias e permitem um acompanhamento seguro e personalizado.

O avanço da tecnologia em exames de imagem e a ampliação do acesso ao diagnóstico por meio do SUS e da saúde suplementar contribuíram diretamente para a maior utilização da biópsia como ferramenta de triagem, como destaca notícia divulgada pelo Ministério da Saúde. “A medicina tem evoluído para ser mais precisa e menos invasiva. O nosso objetivo é oferecer um cuidado que una técnica, evidência científica e acolhimento”, conclui a Dra. Adriana Brasil.