Tecnologia impulsiona sustentabilidade no agronegócio brasileiro
O agronegócio brasileiro continua a crescer de forma expressiva, consolidando-se como um dos pilares da economia nacional. De acordo com estudos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), o setor representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e desempenha um papel essencial na segurança alimentar global. Segundo o BTG Pactual, o país já produz alimentos para 11% da população mundial e pode, nas próximas décadas, ser responsável por um terço dos alimentos consumidos no planeta — cenário que reforça o protagonismo internacional do Brasil.
Para acompanhar esse crescimento e garantir maior eficiência e sustentabilidade, o avanço tecnológico tem se tornado um fator indispensável em todas as etapas da cadeia produtiva. “A tecnologia está presente desde a produção nas fazendas até a distribuição ao consumidor final, trazendo ganhos ambientais, econômicos e sociais”, explica Francisco Massaro, coordenador do MBA em Agrotech do Centro Universitário FIAP.
Propriedades rurais e startups do setor, especialmente as voltadas a Green Tech e energias limpas, já utilizam ferramentas como drones, sensores inteligentes, plataformas digitais e inteligência artificial (IA) para o uso racional de insumos, a redução do desperdício e o aumento da eficiência energética. A automação de maquinários, o monitoramento remoto das lavouras e o uso de big data para previsão de safras são alguns exemplos de soluções que tornam o agro mais produtivo e menos agressivo ao meio ambiente.
Esses esforços dialogam diretamente com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número dois da ONU — Fome Zero e Agricultura Sustentável, que busca acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e promover práticas agrícolas sustentáveis. “A sustentabilidade no agro não é apenas uma tendência — é uma necessidade. E ela depende de gente qualificada, com visão sistêmica e preparo tecnológico”, afirma o coordenador do MBA.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio nacional tem um potencial de crescimento significativo, com taxa projetada de cinco por cento para 2025. “Combinando inovação, ciência e educação profissional, o Brasil continuará sendo um gigante global no setor agroindustrial, garantindo não apenas o suprimento de alimentos, mas também a sustentabilidade e o desenvolvimento tecnológico do país”, conclui Massaro.